Interpretação Alegoria da Caverna de Platão – Smael Dutra

ALEGORIA DA CAVERNA

Na minha interpretação sobre essa parábola é que a caverna representa a nossa vida e que as sombras são só uma fração da “verdade” como uma ponta do iceberg, que pode ser subjetiva e confundir as pessoas que a observam, dando interpretações e palpites diferentes para algo que não tem certeza absoluta se é real ou só uma ilusão. Levando em consideração o fato que aquelas sombras representam a única verdade absoluta para aqueles prisioneiros podemos entender que a parte de fora da caverna não existe e só as sombras são reais, ou seja, não existe “lado de fora” para eles, mas quando um dos prisioneiros é levado de lá, e encontra um novo mundo cheio de cores e vida aquilo se torna a sua nova realidade e ele percebe que aquilo na caverna era só um fragmento do que era real, ele então passa a compreender a essência das coisas. Quando o prisioneiro decide voltar à caverna e conta aos outros que existe algo além da caverna e das sombras os prisioneiros não conseguiam entender o que ele tentava dizer e nem reconhecer ele, agora ele fazia parte das sombras. Eu acho que a parte de dentro da caverna representa o mundo sensível onde as pessoas só conhecem o mundo material e o lado de fora o mundo inteligível, o mundo das ideias e compreensão total da essência das coisas. O mundo material e o mundo das ideias fazem parte de um conjunto que coexistem e não podem ser separados, ambos precisam existir para que se possa compreender a realidade.

Interpretação livre feita pelo aluno Smael Dutra, 1º ano, Liceu Estadual de Maracanaú. 

A filosofia não é concreta

“Não gosto de filosofia, porque ela não é concreta”, disse um ser para mim esses dias. Pensei comigo mconcretoesmo: Se você gosta tanto assim de concreto, então vá ser pedreiro, ora!
Quanta coisa não é concreto nem por isso deixamos de gostar. Ou não?!
Afinal, dizer que o concreto é o critério para o real, que só o que é concreto que importa é uma posição concreta, ou extremamente abstrata?
Será que o próprio concreto é concreto? A concreteza do concreto provém de onde, afinal? O concreto também não é um conceito?
Quer coisa mais não-concreta que a linguagem?! Se estamos no domínio da linguagem não estamos mais no domínio do concreto. Afinal, o que é concreto? Precisaríamos definir com clareza. Esta definição seria ela concreta? 
E por que o mundo tem que ser definido entre os do concreto e os do não-concreto? Essa divisão do mundo em dois e não em três, quatro, cinco, seis, é concreta também, ou aí já estamos viajando?
Quanta filosofia se encontra por baixo de um simples comentário, não é mesmo? Quantos pressupostos não-refletidos por baixo de uma crença tão concreta! Quantas coisas não-concretas apoiam a concreteza das coisas! Impressionante!
Quanta ingenuidade e ignorância se escondem por trás de certos comentários.